Selic subiu de 2% a 11,75% em menos de um ano. Guerra na Urânia impacta valor das matérias-primas da construção civil
Imóveis: realizar o sonho da casa própria ficou mais difícil em 2022. O preço dos imóveis deve ser subir acima da inflação este ano.
Realizar o sonho da casa própria ficou mais difícil em 2022. O preço dos imóveis deve ser subir acima da inflação este ano, segundo estimam especialistas, com o aumento da taxa básica de juros (Selic), que encareceu o financiamento ao consumidor e às incorporadoras. Os custos da construção civil subiram e estão ainda mais pressionados com a guerra na Ucrânia.
Em 2021, houve cidades em que o preço subiu acima da inflação. Foi um ano bom em lançamentos e vendas. Com mais venda do que lançamentos. Isso reduz o estoque de imóveis prontos e a tendência é que os novos cheguem ao mercado com preço maior — prevê Claudio Hermolin, presidente do Sinduscon-Rio.
Os juros têm papel central no mercado imobiliário. Até meados de 2021, a Selic estava no seu patamar mais baixo, em 2% ao ano, o que deu impulso às vendas. Depois disso, para frear a inflação, o Banco Central elevou os juros nove vezes seguidas, chegando agora a 11,75%. Mas o mercado espera que alcance 13,75%, com a inflação em 11,3% no acumulado em 12 meses até março.
Ninguém esperava, no início de 2021, a inflação acima de 10%. Este ano, as incorporadoras não terão mais como segurar o repasse. O reajuste, sobretudo nos lançamentos, será superior à inflação, com a alta dos materiais de construção — diz Paulo Pôrto, professor de Negócios Imobiliários da FGV.
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