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O chamado solstício de verão é um fenômeno astronômico que determina o início da nova estação.
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O verão começou na quinta-feira (21 de dezembro), no hemisfério sul, exatamente às 14h28. Além dos clichês sobre o "período mais quente do ano", que tal conhecer um pouco mais sobre o fenômeno que marca o início desta estação amada por tantos?
Chamado de solstício de verão, o evento acontece por uma combinação de fatores: o eixo de rotação da Terra, a posição dos hemisférios e a incidência da claridade solar sobre o planeta.
De acordo com a física Silvania Sousa do Nascimento, professora da Universidade Federal de Minas Gerais e coordenadora do Núcleo de Astronomia do Espaço do Conhecimento UFMG, se tomarmos como parâmetro o hemisfério sul, o solstício acontece “no dia do ano que o Sol nasce mais ao sul do nosso ponto de referência, quando teremos uma trajetória que resulta no máximo de tempo de luz solar em nosso hemisfério”.
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Isso acontece por causa da nossa posição no planeta e da inclinação do eixo de rotação da Terra. Uma vez que a inclinação varia ao longo do ano, a forma como os raios solares atingem as regiões da Terra também não será igual. “A mudança regular na trajetória do Sol na esfera celeste é resultado do movimento de translação ao redor do Sol”, explica Nascimento.
Como consequência, todos os anos temos uma data em que os raios solares incidem verticalmente sobre o Trópico de Capricórnio. Este será o dia com o maior período de claridade do ano e o indicador da chegada do verão.
O contrário acontece em junho, também entre os dias 21 e 23, quando o solstício de inverno marca a entrada da estação nos países ao sul da Linha do Equador. Ele é determinado pelo dia mais curto do ano, ou seja, com o menor período de claridade, quando o Sol incide verticalmente sobre o Trópico de Câncer, no hemisfério norte.
É possível observar o fenômeno?
Muito antes do desenvolvimento da astronomia moderna, civilizações antigas já percebiam as mudanças na forma como o Sol se comportava ao longo do ano. "O mais interessante é que a humanidade, em diferentes culturas, conhece essas diferenças e as explicam com diferentes modelos", pontua a física.
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A história guarda inúmeras narrativas e tradições populares que tinham como protagonista o movimento do sol, mas, além disso, sítios astronômicos como Stonehenge, na Inglaterra, datado de 3.000 a.C a 1.500 a.C, foram construídos de forma a garantir uma ótima observação de fenômenos como os solstícios. Em Newgrange, por exemplo, construído na Irlanda em 3.200 a.C, o solstício de inverno ilumina o corredor e a câmara central do sítio.
Hoje em dia, outros métodos são utilizados para observar tais eventos astronômicos . Como os solstícios são os dias em que o sol está mais distante do leste, no amanhecer, e do oeste, no poente, é possível usar os estes momentos para perceber o fenômeno. "Se não quisermos nos levantar cedo para observar o solstício, temos a oportunidade de acompanharmos o pôr do Sol do dia mais longo do ano", a professora dá a dica.
Observatórios naturais organizam algumas estruturas para facilitar a constatação do evento. É comum o posicionamento de pirâmides e outros conjuntos de pedra, voltados para o leste e para o oeste, que direcionam a observação.
Mas é preciso tomar cuidado: não podemos olhar diretamente para o Sol sem filtros adequados para este ato.
E o que é um equinócio?
Enquanto os solstícios marcam o verão e o inverno, os equinócios são os responsáveis pela entrada do outono e da primavera . De acordo com Tânia Maris Pires Silva, coordenadora do Planetário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o fenômeno “é o momento em que o Sol incide com maior intensidade sobre as regiões que estão próximas da linha do Equador”.
Os equinócios são observados a milhares de anos, desde quando antigas civilizações antigas utilizavam a astronomia na organização das suas ...
O Sol passa exatamente no meio da Terra e os dois hemisférios do planeta – norte e sul – recebem a mesma quantidade de luz, o que resulta em dias quase simétricos, o que já é anunciado pela origem da palavra. Afinal, 'equinócio' vem do latim aequinoctium , que une aequus : igual; e nox : noite.
Assim como no solstício de verão – ou no de inverno – o fator determinante para os fenômenos é a posição do eixo da Terra em relação ao Sol , que define a distribuição da luminosidade solar e marca a entrada de uma nova estação.