Embora o sonho de comprar sua casa lhe pareça mais próximo, essa é uma decisão para muitos anos e precisa ser analisada em vários aspectos
“Fui demitida recentemente e recebi R$ 80 mil, contando rescisão e FGTS. Encontrei um imóvel no valor de R$ 200 mil, o proprietário pede R$ 100 mil em entrada. Pesquisando, encontrei um RDB prefixado a 14% a.a. para 5 anos. É melhor comprar o apartamento ou investir e deixar para comprar minha casa mais para frente?”
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Embora o sonho de comprar sua casa lhe pareça mais próximo com o recurso que você recebeu do FGTS e rescisão, essa é uma decisão para muitos anos e precisa ser analisada em vários aspectos. Primeiro, é importante que você avalie qual o impacto que a demissão terá em seu orçamento, e caso você ainda não tenha constituído sua reserva de emergência, considere aproveitar esse valor para começar. Mesmo que já tenha a reserva da qual estamos falando, você precisa considerar também que, ao comprar o imóvel como mencionou, precisaria, além da entrada, financiar o restante. Isso aumentaria suas despesas mensais com a parcela do financiamento, além de ter reduzido sua liquidez com o valor gasto na entrada.
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Então, se você ainda não tem uma nova fonte de renda, no momento é mais adequado investir esse valor que recebeu. Quando conseguir sua recolocação no mercado, e já tiver constituída sua reserva de emergência, avalie se a parcela do financiamento cabe em seu orçamento, e assim poderá comprar sua casa de forma mais planejada e segura, ainda que precise esperar um pouco mais.
Quanto à aplicação do dinheiro, previamente é importante que você tenha definido qual é seu perfil de investidor. Isso pode ser feito pela instituição na qual você mantém seus investimentos através de um questionário chamado “Análise de Perfil do Investidor”. Ele ajudará na escolha de um produto adequado às suas características de investidor e tolerância a risco. O próximo passo então é definir qual será o objetivo dessa aplicação:
Reserva de emergência: Se você ainda não constituiu a reserva de que falamos aqui, calcule qual seria o valor da sua (lembrando: de 6 a 12 meses de despesas) e aplique esse valor em ativos com liquidez, ou seja, resgate a qualquer momento, e com segurança (Ex.: Tesouro SELIC, CDB, Fundo de Renda Fixa).
Investimento a longo prazo: Se você já possui a reserva de emergência, então pode pensar em um investimento com prazo um pouco mais longo para buscar uma rentabilidade melhor, porém com a possibilidade de resgate. Embora o RDB (recibo de depósito bancário) prefixado de 14% a.a. para 5 anos seja interessante (considerando os juros atuais), deixar o recurso “preso” por esse período não seria recomendado antes de você se recolocar no mercado e normalizar a renda.
Mas lembre-se sempre de verificar a saúde da instituição emissora do título! As taxas são proporcionais ao risco de crédito do emissor, quanto maior a taxa, maior o risco. Por outro lado, é importante saber que esse tipo de investimento é garantido pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o limite de R$ 250 mil.
Assim, você terá constituído esse passo tão importante no planejamento financeiro que é a reserva de emergência e, mais para frente, poderá usar seu investimento de longo prazo acrescido dos juros para comprar sua casa!
*José Áureo Viana Barbosa Júnior é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. E-mail: contato@minutosdevalor.com.